1- Sem rotular (Eisler)
Tentaram nos comprar ainda no berçário
Apenas produtos sem código de barra
Avaliam minha cabeça e meu peso e me dão um valor
Fico exposto na vitrine a um preço acessível
Mas não posso ser comprado
Em prateleiras amontoados
Estão objetos com etiquetas
Embrulhados pra presente agora todos são iguais
Não me querem no mercado, já não sou produto válido.
Eles vendem revolta falso em embalagens recicláveis
Máquinas antenadas manipulam sua vida
Estatuas robotizadas são parasitas conformados
Papeis compram vidas, sentimentos são reprimidos.
Todos querem o dinheiro, todos foram consumidos.
Somos produtos no comércio, mas estamos resistindo.
Produto sem rótulo e não vamos ser vendidos
2-Protestando (Carol)
Todo mundo olhava e achava ridículo
O que ninguém sabia é que tinha objetivo
Achavam que eles só queriam aparecer
Mas todo esse povo ainda tem muito que aprender
Só queriam protestar, queriam evoluir.
Queriam que o mundo começasse a progredir
Quanta miséria e quanta fome
E eles só se preocupam com o seu sobrenome
Só pensam em dinheiro só pensam em lucrar
Queria que fossem pobres para poder conscientizar
Punk’s com moicanos são contra a sociedade
Pois esses sociais não têm maturidade
3-Retrato horrível da doideira urbana (Eisler)
Mataram meu cachorro só porque ele latia
Vou gritar no quintal só pra ver o que acontece
Eles me acham estranho e estúpido
Mas eles nem me conhecem
Me deprimo com a violência e com o governo
E eles ficam rindo do meu cabelo
Sociedade escrota, idiota e fascista.
Vocês consomem a merda da mídia capitalista
Discriminam negros, pobres e bichas.
Enchem o próprio rabo de regras egoistas
São as mesmas regras que destroem suas vidas
Veja os magnatas e seus filhos comedores de bosta
Com o seu dinheiro eles abrem todas as portas
Querem me calar vão ter quem me enterrar
Pois ainda posso gritar
4-Dia do trabalho escravo (Eisler)
Sinais de caos fuga sem sinal,
Sentimentos maus revelados afinal
Pobres trabalhadores mortos de fome,
Sem os seus valores enterrados sem nomes
Crianças nos sinais vendendo os seus corpos
Pra um monte de animais, um bando de porcos.
Crianças em usinas queimando suas mãos
Mais trabalho escravo para a população
Famílias famintas comendo no lixão que belo retrato da nossa nação
Fome, miséria e desemprego.
Hoje é feriado nacional
Hoje é dia do trabalho
Mas que legal
Enquanto os podres do governo ficam sorrindo
Os podres da sociedade vão fingindo
Mas me espanta você
Que nada sente ao ver a dor de tanta gente
Ainda arreganha os dentes todo contente
Esqueceu o seu passado, vive o seu presente.
Vai se fuder senhor presidente
5-Humanidade (Manti)
Humanidade é o que corrói, acaba com tudo e se auto destrói.
Criam maquinas robóticas e se escravizam depois
Porco maldito só pensam no hoje
Se esquece do amanha
Humanidade cresce, humanidade é o que destrói.
Humanidade cresce, humanidade é o que destrói.
Espalhando ódio e terror
Criando guerras por diversão
Disputando espaço tirando vidas
Com sua ganância e arrogância se acham melhores
Porco capitalista, suicida e ladrão.
Porco capitalista, suicida e ladrão!
Você é a vergonha da nossa nação
Acabando com tudo destruindo sem razão
Humanidade sem vida, humanidade destruída,
6-Podridão social (Ruliano)
Desrespeito, superioridade.
São coisas que eu vejo na sociedade
Repressão, falsidade.
Coisas que atrapalham meu cotidiano
Eu não sou como você que só pensa em panos caros
Coisas da moda seguindo outras pessoas
Não faz nada direito e só sabe criticar não seja um inútil
Tente mudar
Tente mudar, tente mudar não é tão difícil basta tentar.
Tente mudar, tente mudar não é tão difícil basta tentar
7-festa da menina morta (Eisler)
Balas, chicletes, balões coloridos.
Sangue no bolo da menina ferida
Todos sorrindo olhando pra porta
Mas ela não vai voltar
Mas ela não vai
Beco escuro, vestido rasgado.
Inocência roubada, vida tirada
Ela não vai mais sorrir
Faixa esticada no meio da sala
“Viva a susie”
Ela só queria brincar
As mãos atadas não deixam e o velho
Que amarou sorri olhando pra porta
Mas ela não vai voltar
Velas acesas
13 anos
Mas ela não vai
8-Honra de merda (Eisler)
De joelhos o soldado ainda sorri
O seu sangue escorrendo pelo chão
Balas voando por todo o céu
Vem descendo um avião jogando bombas explosão
Soldados mortos
Mutilação
Milhares de corpos na terra, sangue
sujando a terra.
Uma granada te destrói,
você perdeu ó grande herói.
Perderam suas vidas, mas tomem suas medalhas!
Elas são a honra da sua covardia
Essa idiotice é pra provar sua coragem
Vocês não morreram porque eram patriotas
Vocês morreram por serem idiotas
Vocês não lutaram pelo seu país
Vocês lutaram por lideres imbecis
“Preparem-se humanos, para a destruição”.
Bombas nucleares pela salvação
Por um mundo melhor sem população
Antes da paz a destruição ““.
9-Ignorância = Miséria (Eisler)
Ignorância é igual miséria, miséria é igual violência hahaha.
Estou faminto preciso comer, minha geladeira esta vazia igual a você.
Você não sabe o q é fome, talvez nunca irá saber.
Crianças mortas alimentam famílias a ignorância alimenta a miséria
Estamos mortos?
Eu não!
Vocês, eu não sei!
Eu não tenho lar não tenho família, não tenho amigos a ignorância os matou.
O lixo alimenta as crianças a ignorância alimenta o poder
10-Não tenho o que comer (Gabriel)
Presidente desgraçado o seu povo foi roubado
Por vocês que mandam ai
Ta na hora de agir
Verbas escolares, as filas de hospitais.
Salário miserável, as coisas sempre aumentam mais.
O preço dos impostos, agente paga pra viver.
Dentro das escolas e a falta de emprego
Não tenho o que comer
11-jaum (Eisler)
Desde criancinha ele era muito mau
Agora que cresceu ele virou um marginal
Já tem 17 e não quer trabalhar
É um idiota ele parou de estudar é um imbecil
Ele só quer se embebedar
Depois ele reclama que ninguém quer escutar
Ôô jaum filho do capeta
Parado na esquina com uma cara de idiota
Fingindo de bonzinho ele é um grande hipócrita
Quer tu que eu tenho só não quer a minha vida
Quer o meu dinheiro , quer minhas menina
Ôô jaum filho do capeta
Fica ai pensando que ninguém vai lhe querer
Escute meu amigo já é hora de crescer
Ôô jaum filho do capeta
12-Distintivo do medo (Eisler)
Faces marcadas, sangue na boca.
Costas marcadas pela agressão
Fardas desgraçadas cheias de opressão
Coturnos manchados de sangue inocente
Espancam, espancam e não protegem.
Espancam, espancam e não protegem!
Entenda a nossa revolta
Não é contra você
A nossa revolta é contra o poder
Mas eu me pergunto e não consigo entender
Se o lema e servir e proteger
Então porque só pensam em bater
Violência está ai e ninguém faz nada
Ficam com medo se escondem em casa
Cuidado com a lei ela é contra você
Espancam, espancam e não protegem.
13-Sistema sádico de saúde (Eisler)
“Bem agora no hospital morre
Mais uma vitima do sistema de saúde desgraçado “
Em toda parte epidemias tantos problemas sem soluções
Seres humanos sendo tratados como animais
Velhinhos mortos em filas de hospitais
Médicos fingindo examinar Mas a historia muda se você pagar
Não a gente suja em consultório particular Não há saúde em nenhum lugar
“56364 pessoas esperam na fila para transplante de órgãos
São feitas apenas 6609 cirurgias
35% das pessoas morrem em hospitais por falta de atendimento
Menos de 30% dos hospitais tem equipamentos necessários para emergência
Mais de 50% das verbas de saúde são desviadas
Na região de Lafaiete como em muitas outras do país
O hospital publico capacitado mais próximo fica 95Km de distancia
Na capital “
Doutores recomendam um remédio pra curar
Como um mendigo arruma dinheiro pra comprar
Uma vitima de assalto sangrando ate morrer Uma menina recebe sangue e pega HIV. Tantas pessoas esperando na cama pra morrer Mais verbas desviadas pelo poder
14-Religião não (Eisler)
Séculos e séculos de exploração Cobrando impostos a troco de perdão
Torturando o povo em sua pregação Catequizando indígenas, massacrando nação. Pastores e padres pedófilos
Monges e papas ladrões Horror de batina que rouba riquezas
Povo fiel comendo merda
Não, não, não, não quero. Não, não, não, não aceito. Religião não, não.
Roubar é pecado, matar é pecado.
Morrer é pecado, viver é pecado.
Não, não, não, não quero. Não, não, não, não aceito. Religião não, não.
Em nome do pai, do filho, do espírito santo,não!
15-sociedade desumana (Manti)
Perguntar pra quem se ninguém sabe responder
Querem o que? Ódio, ganância pra viver?
Acreditar em que?
Que posso lutar e tentar sobreviver,
Nessa sociedade desumana e miserável?
Pode escrever!
Que ainda chegara o dia em que eles terão de se esconder
Da verdade que o povo tenta omitir
Cansados de leis que só querem esmagar seu ideal
Maldita sociedade que se diz social
Que evolui e faz de você um degrau
Mas isso ainda tem que acabar
Pois muitos morreram pra se libertar
Mas a liberdade nunca morreu por você
Bendito sejam aqueles que morreram por um ideal
Que não temeram as forças dos tiranos
E não se curvaram na submissão
16-Pela união do movimento punk (Eisler)
É bom saber quando chegar à hora qual é sua luta
Pra onde vai sua estrada Conhecer a si mesmo é mesmo importante
Não vacile nem um instante.
Seja sempre forte não tenha medo
Vá ate o fim não pare no meio Siga seu caminho mesmo que seja sozinho.
Se a sua luta for sincera eu me juntarei a você
Só com a união dos que acreditam é que podemos vencer.
E é pelos que acreditam que eu sei que o movimento punk
Nunca ira morrer!
Nenhum comentário:
Postar um comentário